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Desvão.

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Foto de Mário Alexandre Lopes Desvão. O perfume das rosas um dia se esvai. É um dia de entardecer. As frutas na fruteira tornam-se cinzas e a língua fica surda para o seu sabor. O vermelho, com sua volúpia, anoitece restando uma claridade ofuscante. Não é cedo demais? Indaga o coração encurralado entre a mão e o céu. O jasmim orvalha suavidade Como se o jardim ainda pudesse florir.

Mínima

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Se durar apenas três dias Que decante a vida inteira.