Não havia
Não havia uma menina a pedir-me leite _ os meninos voaram para longe Ou um homem a me acolher no seu silêncio. Havia, sim, uma longa estrada a percorrer, recolher os pertences e partir. Nunca se sabe para onde...
Há uma solidão que é nossa condição de ser: a solidão essencial. Ela assinala que há em cada pessoa um cerne que jamais chega à comunicação, sendo a solidão o ponto de partida do acontecer humano. Escrever pode ser uma abertura ao descobrimento de um mundo emudecido, apenas pré sentido. Neste blog, experimento colocar em palavras o que me inspira com uma delicadeza mágica: a que permite a comunicação do que, até então, permaneceu incomunicável, entoando emoções que, de outra forma, adormeceriam.