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Mostrando postagens de outubro, 2007

Infância.

Temo que não me compreendas. Bebo da fonte de Caeiro Manoel, Pessoa sempre a me guiar. A infância a busquei no poético, a reencontrei na poesia. Vivo remoçando, revirando do avesso os conceitos que me fizeram deixar de ser livre para inventar o impossível. Rodopio como o peão e vôo alto como a pipa. Quando retorno, não sou mais a mesma. Canto a vida e o encanto. Infância é coisa de Egberto, do Palhaço mais sublime e enfeitiçado de todo o planeta música. Também não me compreendes ao oferecer conselhos. Os conselhos foram feitos para ficar armazenados em cartilhas muito chatas e antigas: imóveis, colossais e retrógrados. Sempre obsoletos. Se chegam onde não há espaço para eles, são rechaçados como intrusos. Se chegam onde já encontram morada, passam desapercebidos ou são tidos como ingenuidades. Melhor saborear a tarde tomando chá de primavera, sonhos recheados de esperança e licor de bobagem, para não esquecer de fugir. O que fazer quando a criança aparece na soleira assustada, s