Amor de pai.
Foto de João Prates
Amor de pai.
Meu pai me ensinou a amá-lo com palavras rudes.
Na árvore, os galhos quebrantavam de tão secos.
Os braços que ofendiam pesavam mais do que a culpa.
Meu olho se fechava intumescido da arrogância.
Delator infiel, não sabia guardar segredo.
Meus ossos de menino franzino
Meu pai me ensinou a amá-lo com palavras rudes.
Na árvore, os galhos quebrantavam de tão secos.
Os braços que ofendiam pesavam mais do que a culpa.
Meu olho se fechava intumescido da arrogância.
Delator infiel, não sabia guardar segredo.
Meus ossos de menino franzino
resistiam aos ensinamentos.
Era a alma que arquejava
Era a alma que arquejava
como crisálida arrancada do casulo antes do tempo.
A pele, acostumada ao curtume,
A pele, acostumada ao curtume,
tornou a violência transparente.
Apenas meu joelho se dobrou
Apenas meu joelho se dobrou
sob a lição de amar ao pai como o Pai me ensinou.
Uma flor brotou no deserto
Tendo apenas as pedras como travesseiro.
Uma flor brotou no deserto
Tendo apenas as pedras como travesseiro.
Comentários
b.
o.