Jardins
Desci a Bela Cintra já altas horas,
segura como se estivesse em Sherbrooke.
No coração de São Paulo, ainda existe cordialidade.
Pode-se andar a pé na calada da noite.
Na Moacir, seis moços conversavam ao pé da soleira.
Pela alameda, uma senhora de seus sessenta, alimentada a pão-de-ló,
seguia seu cão em roupas à vontade.
Francamente, segui o caminho em direção ao Balcão.
Sinuosidades massageavam meus pés naquele fim de domingo
em que apenas a iluminação do Piero atrapalhava.
Em noite de lua cheia, gosto de ter só luz de prata.
Um burburinho de mesas descendo a ladeira à luz de velas em altos brados,
típico daquela juventude entusiasmada,
revelou que os anos se passaram e meus tons já não são os mesmos.
Admiro na beleza das cores das flores os seus frutos.
Enfim, o abraço esperado depois de anos de despedida.
Como é bom viver numa cidade onde podemos ressurgir das cinzas!
Dá medo de morrer, como na brincadeira de esconde da criança,
sem re-encontrar as pessoas escondidas nos desvãos da lembrança.
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Comentários
Nos conhecemos no Ó, sou o fã do Kiko dinucci.
mandei um email p/ vc num email do yahoo, não sei se recebeu.
Parabéns e Beijos