Eu e a noite.

Eu e a noite.
Hoje é demais
estar só.
Nem o cigarro
me faz companhia.
A lua me fita,
sem qualquer compromisso.
A noite me abraça
e eu fico nisso.
Há uma solidão que é nossa condição de ser: a solidão essencial. Ela assinala que há em cada pessoa um cerne que jamais chega à comunicação, sendo a solidão o ponto de partida do acontecer humano. Escrever pode ser uma abertura ao descobrimento de um mundo emudecido, apenas pré sentido. Neste blog, experimento colocar em palavras o que me inspira com uma delicadeza mágica: a que permite a comunicação do que, até então, permaneceu incomunicável, entoando emoções que, de outra forma, adormeceriam.
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