Grãos de areia.
(Foto: Rui Vale de Sousa)
Grãos de areia.
As ondas estão desmanchando os castelos,
A areia ressurge como caminho a ser trilhado.
Os sonhos que sonhava acordada
Dão origem a uma visão mais nítida do lugar que ocupo.
Os suspiros, que esvaziavam meus pulmões de ar,
Enchendo-os de ansiedade,
Dão lugar a uma tristeza fértil.
Transito na dor de modo transformado.
Não a dor da ausência, da solidão, do esquecimento, da indiferença...
Dor de adeus, dor de fim.
Quem sabe agora eu volte a ter força para remar
E cruzar o oceano que me afasta de minha sensatez?
Belos castelos, aqueles.
Como dói vê-los apenas grãos de areia salgados pelo mar.
Voltar a ter apenas dois pés e duas mãos...
Que retorno doloroso, meu Deus!
O nascer e o por do sol,
Cavernas a explorar,
Montanhas a atravessar,
Na ausência de cumplicidade para os olhos
E sentido para os sentidos.
Não é o mundo que se desfaz, é um modo de vivê-lo,
Um modo de ser despertada por ele.
Onde buscar o encanto que me oferece como berço a todas as criaturas vivas?
Como espreitar as emoções que dão origem às palavras que ofereço a quem quer que me escute?
Quando voltarei a vislumbrar-me não mais como metade?
O grão de areia inventou a estrela do mar.
Que hei eu de inventar?
Sou lágrimas, sussurros, soluços.
Aqueles olhos que outrora brilhavam dentro de mim como fogos de artifício em noite de ano novo;
Aquela voz que quase não dizia, provocando minha imaginação a inventar histórias de encontros e desencontros;
Aquele ser, soberano na capacidade de me fazer feliz...
Feliz de ser eu mesma e de sentir tudo que sinto e de esperar tudo que espero e de criar tudo que crio.
Queria de volta aquela mágica que me permitia estar conectada comigo mesma.
Escuridão.
Sei que oculta a beleza do que não vejo.
E me ponho a imaginar como é belo, quase uma lembrança.
Curiosidade preciosa, que me impele a criar novas imagens e novos contornos!
Que este espírito não me abandone nunca,
pois as pessoas estão sempre a separar-se,
a dizer adeus.
Grãos de areia.
As ondas estão desmanchando os castelos,
A areia ressurge como caminho a ser trilhado.
Os sonhos que sonhava acordada
Dão origem a uma visão mais nítida do lugar que ocupo.
Os suspiros, que esvaziavam meus pulmões de ar,
Enchendo-os de ansiedade,
Dão lugar a uma tristeza fértil.
Transito na dor de modo transformado.
Não a dor da ausência, da solidão, do esquecimento, da indiferença...
Dor de adeus, dor de fim.
Quem sabe agora eu volte a ter força para remar
E cruzar o oceano que me afasta de minha sensatez?
Belos castelos, aqueles.
Como dói vê-los apenas grãos de areia salgados pelo mar.
Voltar a ter apenas dois pés e duas mãos...
Que retorno doloroso, meu Deus!
O nascer e o por do sol,
Cavernas a explorar,
Montanhas a atravessar,
Na ausência de cumplicidade para os olhos
E sentido para os sentidos.
Não é o mundo que se desfaz, é um modo de vivê-lo,
Um modo de ser despertada por ele.
Onde buscar o encanto que me oferece como berço a todas as criaturas vivas?
Como espreitar as emoções que dão origem às palavras que ofereço a quem quer que me escute?
Quando voltarei a vislumbrar-me não mais como metade?
O grão de areia inventou a estrela do mar.
Que hei eu de inventar?
Sou lágrimas, sussurros, soluços.
Aqueles olhos que outrora brilhavam dentro de mim como fogos de artifício em noite de ano novo;
Aquela voz que quase não dizia, provocando minha imaginação a inventar histórias de encontros e desencontros;
Aquele ser, soberano na capacidade de me fazer feliz...
Feliz de ser eu mesma e de sentir tudo que sinto e de esperar tudo que espero e de criar tudo que crio.
Queria de volta aquela mágica que me permitia estar conectada comigo mesma.
Escuridão.
Sei que oculta a beleza do que não vejo.
E me ponho a imaginar como é belo, quase uma lembrança.
Curiosidade preciosa, que me impele a criar novas imagens e novos contornos!
Que este espírito não me abandone nunca,
pois as pessoas estão sempre a separar-se,
a dizer adeus.
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