Mãos de uma vida


Foto de Luis Ventura
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Mãos de uma vida
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Já não trago tabaco, vinho,
ou mãos vazias.
Depois de tanto caminhar,
peso sobre a bengala.
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Doces os frutos colhidos,
amargas suas raízes
arrancadas ao dissabor
de um tempo que não vivi.
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Tateio com o rosto ao vento
a ver que ares sopram do horizonte.
Selo meu cavalo mais manso
pois, longe não vou mais, não.
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