Cigarro e café.

Foto: Bruno Dias
Cigarro e café.
Borras são borras,
das cinzas, cinzas.
O momento é sóbrio,
mas não é em vão.
Sorvo o café
como sorvia então.
Aspiro seu aroma,
aprecio seu sabor,
seu quente me aquece a palma
mas, minha boca queima.
Amargo e doce vêm e vão.
Névoas se misturam
e eu suspiro a fumaça mansa.
Meu peito se preenche
enquanto a alma, prenhe,
se esvai no vão.
Silente o céu cintila
a calma na escuridão.
Comentários