Desaforo.
Foto: Helder Almeida.
Desaforo.
Nem sempre é a nudez que revela o ser.
Escondido sob a alvura ele pode ofuscar.
Ostentado pela beleza ele pode enfeitiçar.
Fragilizado na entrega ele pode estilhaçar.
Procura-se uma concha.
Silêncio com dimensão de oceano a ecoar.
Janela que emoldura,
Túnel que esconde,
Roupa que aloja,
Forma que transcende.
Dentro se faz escuro e frio.
Mãos pálidas se calam.
Os pés cálidos,
Cegos e surdos, nada pressentem.
Arrojada, a voz entoa seu gemido.
O dentro está sempre a desaforar.
Comentários
O convite tá feito então: amanhã, se quiser, poste algo sobre Elis regina e vai no blog da vera: http://pequenasverdades.blogspot.com/ e avise q já postou. Só isso, ok?
Bjos,
Rê