Desaforo.


Foto: Helder Almeida.

Desaforo.

Nem sempre é a nudez que revela o ser.
Escondido sob a alvura ele pode ofuscar.
Ostentado pela beleza ele pode enfeitiçar.
Fragilizado na entrega ele pode estilhaçar.

Procura-se uma concha.
Silêncio com dimensão de oceano a ecoar.
Janela que emoldura,
Túnel que esconde,
Roupa que aloja,
Forma que transcende.

Dentro se faz escuro e frio.
Mãos pálidas se calam.
Os pés cálidos,
Cegos e surdos, nada pressentem.
Arrojada, a voz entoa seu gemido.

O dentro está sempre a desaforar.

Comentários

Anônimo disse…
Dê, amanhã vai haver uma blogagem coletiva sobre "25 anos sem Elis". Achei que vc pudesse se interessar e por isso estou lhe convidando. Funciona assim: Vc posta no seu blog amanhã um texto (do qjeito q quiser) sobre este tema e assim que postar entra no blog da Vera , que é quem está moderando a blogagem para avisar que já postou . Só isso. O que acontece depois disso é que a vera faz uma lista com o nome e o link de todos os que participaram da blogagem coletiva para que possamos conhecer os textos dos outros. Assim, visitamos muitas pessoas e muitas pessoas nos visitam também. vai ser a primeira vez que eu vou participar de uma blogagem coletiva, mas acho que é bem legal, pois a gente acaba conhecendo muitos blogs e pessoas legais e eles conhecendo nossos blogs tb.
O convite tá feito então: amanhã, se quiser, poste algo sobre Elis regina e vai no blog da vera: http://pequenasverdades.blogspot.com/ e avise q já postou. Só isso, ok?
Bjos,

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